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segunda-feira, 16 de fevereiro de 2015

Amélia vai ao Tibet

Para ser feliz
aboliu os domingos
Decisão tomada avisou à família
Vieram as segundas e as terças
logo mais sumiram os sábados
e também a sexta
Sentiu-se mais livre e na quarta
mandou o natal as favas
a páscoa aos monges
e o ano novo á Iemanjá
No aniversário declarou-se sem idade
assumiu cabelos brancos
sem vaidade
com as contradições floresceu o poliamor:
dorme com uma á noite
acorda com outra de dia
No crepúsculo ela desconcerta
floresce o dia morto com novidades
Agora é que são horas
aboliu a contagem do tempo
para viver a paisagem interior
Nas curvaturas do espaço
ela é inusitada e relativa
não aceita mais ficar congelada
numa selfie datada

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