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terça-feira, 21 de julho de 2020

Bailarina (para Andrea)

Eu não sei que mulher é essa
Nem ela sabe quem é...

Sei que nos dias quentes
ela sobe nas alturas
com os vapores do Rio Negro
aonde vivem os espíritos da floresta

para se congregar com os amantes da Terra
e de repente dança para mim
para me lembrar que o vento
traz boas mensagens

as vezes notícias graves
Ensina-me a ouvir as árvores e os pássaros
Ela é irmã dos gatos
que silenciam e observam o momento exato

de lutar com garras e manhas
para que a vida siga plena em sua saga
no corpo da bailarina
atravessado por ondas de prazer

Eu não sei que mulher é essa
nem ela sabe quem é...

O amor é uma canoa sem leme

segunda-feira, 20 de julho de 2020

Ferramentas do Desejo

O carro é um cadeira com quatro rodas
A bicicleta tem duas pernas com pés rodopiantes
As cadeiras de rodas são carros de duas rodas
Colheres são dedos compridos e metálicos

Ferramentas do desejo para esticar limites
da boca, do corpo, dos sonhos
São nossos cotidianos conhecidos
para vivenciar o sobrenatural

segunda-feira, 6 de julho de 2020

50, 500, 50.000 anos

Ao completar 50 anos o tempo retorna
não apena 50 mas 50.000 anos
Das origens da humanidade á vida que passa ligeira
para que você esteja comemorando
mais um ano de vida
Para o tempo são milagres
milhares de anos em ciclos
de plantio e colheita
Regressar é ilusão de ótica:
no teu coração tudo segue igual mas diferente
Ao completar 50 de repente o ser
percebe-se parte da paisagem
responsável pela sombra, pelo calor
pela semente e pela flor
que alegra a si e aos outros
A vida cobra uma resposta
Foram muitos mais de 50.000 anos
de ancestrais sonhando junto
imaginando o futuro em você
Indígenas, Fenícios, Árabes, Africanos e Europeus
e sabe-se lá quantos mais habitaram estes litorais
Se alguém visita 50 vezes esse número mágico
a metamorfose do tempo plasma um destino
Sensações reverberam um convite infinito
de fazer valer a aposta que a vida fez
em ti e para além de ti

Gastronomia e Poesia

Decisão tomada em família: será servida nos cafés da manhã a mais bela poesia desta e de outras terras Para harmonizar a novidade infinita d...