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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

RIO/CUZCO/RIO

O puma é o corpo da cidade de Cuzco
mas é no corcovado que o condor voa mais leve...
A serpente vai aos céus do espirito
aqui ela rasteja e sobe nas árvores
serpenteia nas areias sem fim
O Puma carioca é fêmea
ela gosta de lamber o próprio pelo
agrada-lhe ser adornada com latenjoulas

Por lá, tudo que se vê 
se rima em quechua
A favela inventou um samba com mais ritmos
que o vento esculpindo o gelo do vale sagrado.
A capital do império Inca
com adobes fundados em rochas
encaixadas com graça e jeito
alegra-se de sua alegre irmã, o Rio de Janeiro

Se uma caiu aos pés de Pizarro 
pois esqueceu-se de celebrar com todos
as delicias da papas e das chichas
A outra resiste à passagem temporária
dos adoradores do ouro que insistem em esburacá-la
e colocar abaixo seus antigos casarões, igrejas e morros

O artesanato de lá é colorido
cores e texturas da montanha:
flores, bichos e gentes
entrelaçadas entre os fios da lhama 
As fantasias daqui escondem e revelam
as estórias de amor, o tecido coletivo do carnaval
Quando o deus Pachacute desposou a bela Pachamama
entre os após da Pedra da Gávea e do Pão de Açúcar
nasceu a cosmovisão de um mar que tudo abraça
e ladrilha o calçadão de Ipanema.

Gastronomia e Poesia

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