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sábado, 7 de julho de 2018

Trem da Liberdade (para Dea)

A vida pede pouco
para o muito que ela entrega
Renasce o universo como palco
que você brilhe e conspire
Resista saber
que bicho vai dar o futuro
do outro lado da esquina
No trem da liberdade
cabe um dia de vinte e quatro horas

A vida pede um pouco de coragem
para semeá-la em sua ciranda
O rastilho de pólvora dos pequenos sonhos
incendeia uma festa de São João em Pernambuco
o Carnaval em Salvador
a festa de Santa Quirupita no Bexiga
São tantos os cantos cheios de luz
neste imenso continente sul-americano

A luz matinal de Cuzco
As planuras sem fim da Bolivia
O abraço caloroso do Rio da Prata
O imenso jardim da floresta Amazônica
Nós, os povos esquecidos do sul
depois descobertos e renomeados
somos mais que torcedores de futebol
Somos aqueles que lêm o universo
em pequenas e infinitas linhas

A vida pede pouco
Um solo de violão
um verso rimado ao final
Somos o sal uns dos outros
cinema itinerante somos imagem
corpo e sangue de uma era moderna

A vida pede um olhar
Uma pista para seguir
encontrar logo ali a prodiga
mãe de todos os sonhos
Os trens vão sair da estação liberdade
rumo ao horizonte azul
Leve sua luta pequena para passear
até ela ser digna da vontade
do universo de amar

Vento

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