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quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Vida de Poeta

Eu sou frágil: fragilíssimo
Coloquem em mim aquele adesivo vermelho: FRÀGIL
Quando forem me transportar de um lugar para outro
expliquem ao pessoal da transportadora o meu estágio

Eu já me achei mais fraco e perdido
Eu já me considerei um semi-homem
aquele sujeito sensível
o irmão mais velho e inofensivo das amigas

Tal qual era o estado da minha auto-estima
Na minha casa o único homem era meu pai
Ele fazia as escolhas
era o cara que mandava

Mas eu teimava em ser outro 
que tudo suporta para sair do outro lado de lá
sujo e escoriado com estórias para contar
Eu minto para mim e dou conta de qualquer barulho

Causando grande comoção na torcida
Eu consigo ver o que é frágil no outro e até seu segredo
A quinta-essência da minha coragem
aparece quando o bandido acha que já ganhou a parada

Eles não conseguem me ver
esse é o meu segredo
Essa sensibilidade eu creio 
ainda vai me levar além da vida de poeta

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