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sexta-feira, 3 de junho de 2016

Eu, a Revolução!

Eu e minha imensa força
Eu e meu delírio:
napoleão e quixote no mesmo pacote
Eu, o todo, o princípio, a forma e a essência da vida
Condenado a incendiá-la
a fazê-la plena mesmo que seja por um instante
para que todos saibam que é possível
Responsável pela conspiração poética das pequenas revoluções estéticas
pelos grandes atos heroicos do cotidiano desconhecido
pelas grandes invenções de palavras doces
Eu, artífice e autor intelectual de ataques de otimismo
declararei em alto e bom som que serei
um estraga prazeres do niilismo irresponsável
de uma burguesia pseudo-liberal
de um socialismo burocrático
Em praça pública, na internet, tevê aberta e a cabo
proclamarei em alto e bom som que daqui para frente
colocarei em pratica todas as minhas habilidades
Em mim, famélicos de todas as fomes
tereis um obstinado construtor da liberdade
Serei um exemplo de uma incrível criatividade
usarei das mais avançadas tecnologias
de todos meios e formas
da mais alta cultura
da mais refinada estratégia
do cordel, da poesia de rua de Pernambuco
das conversas de comadres e compadres
dos versos do samba, do jongo e da embolada
para mostrar que a vida não é pouca coisa
destinada ao péssimo e a sorte
De pé, oprimidos e injustiçados de todo o mundo
unimo-nos nessas microscópicas vitórias éticas
de prazeres e alegrias clandestinas:
o presente é nosso!

Tanto lá quanto aqui

Há milhares de anos luz da Terra não se sabe o que acontece por lá Mas tambem por lá ninguem ouvi falar do planeta azul  Quando se diz mundo...